28.6.05

Carrilho e Santana. Separados à nascença?

Manuel Maria Carrilho sente repulsa por Santana e por tudo o que ele representa, numa relação de quase obsessão. No entanto vejamos:
Santana teve a pasta da Cultura, Carrilho também.
Santana é presidente da Câmara de Lisboa, Carrilho é candidato.
Santana foi Primeiro-ministro, Carrilho ambiciona ser.
Santana é um enfant-terrible no partido, Carrilho também.
Santana sempre teve relações crispadas com a imprensa, Carrilho anda agora a insultar jornalistas.
Santana sempre casou e namorou com mulheres bonitas, Carrilho tem uma mulher bonita.
Santana era o rei da noite lisboeta (em particular da Kapital), Carrilho não lhe fica atrás (apesar de preferir o Lux).
Santana é uma vedeta do jet-set e aparece amiúde em revistas cor-de-rosa, Carrilho – com Bárbara e Diniz – está a tentar destronar José Castelo-Branco (em capas e disparates ditos).
No fim disto tudo uma pequena diferença, de facto Santana não é culto e admito que Carrilho o seja. Não serão no entanto muitas semelhanças? Depois do populismo genuíno de Santana, o populismo rive-gauche de Carrilho.