1.3.06

Carnaval II

Alguns amigos resolveram combinar um jantar em que pediam, quase exigiam, disfarce. Estava eu em dia de pouca paciência para a coisa, mas vá, resolvi aderir. Fui ao armário buscar a uma t-shirt do Che Guevara, aproveitei a barba de alguns dias, e saí pronto para uma manifestação anti-globalização ou da protectora dos animais. Tentei, mas não consegui, encarnar na personagem, afinal é mais difícil um disfarce consistente de coisas mais comezinhas, mas que nos são mais próximas, do que uma máscara exótica de personagens de ficção. Ainda ensaiei tratar as pessoas pelo apelido precedido do clássico camarada, mas, apesar de algum esforço, acabei a noite a discutir perspectivas sobre a religião. Podemos nos querer disfarçar, mas no final acabamos invariavelmente por cair nas nossas convicções mais sinceras.

Sem comentários: