Chegadas, beijos do mês. As primeiras conversas em tom de ponto da situação. Os que estão, os que virão e os que já não vão estar. Na praia o costume, discussões acesas com os banheiros. Todos os anos começa assim. Porque há menos espaço, porque já temos cadeiras de plástico. As banheiras, de bloco atrapalhado em punho, tentam dizer onde são os lugares de cada um. Nunca é pacífico, porque o lugar não é o mesmo, porque não se quer aquela família com seis crianças ao lado, porque aqueles dois não se falam. A banheira - refém das suas confusões e trapalhadas - atarantada com tanta gente, gesticula que tem de ser assim, que não se pode alterar, que - pronto - se pode chegar um pouco para o lado este chapéu. Sempre assim, todos os anos. Por aqui, o grande drama e tema de conversa dos primeiros dias - a par de divórcios e ausências - é a problemática dos chapéus de sol na praia.