Alguém acredita que relação entre o convite, do governo, e a saída do PSD e o estatuto de mandatário de António Costa será uma absoluta coincidência, sem nada a apontar em termos de arranjinhos e ética política? Júdice é, inquestionavelmente, um advogado bem sucedido profissional e economicamente, mas a atracção do poder revelou-se e, como seria uma enorme maçada lutar por ele indo a votos, lá resolveu a questão com a ajuda de Pinto de Sousa e de Costa. A coisa tem o mérito de não ter sido secreta, ao contrário do que alguns candidatos agora querem fazer querer, Júdice simplesmente vendeu o seu apoio a Pinto de Sousa, nas suas crónicas de opinião, e a Costa, aceitando ser seu mandatário, em troca de um cargo de enorme prestígio e poder. O argumento de que não será remunerado não me parece ter qualquer importância, até porque falamos de alguém que disse que o Estado apenas deveria recorrer aos cinco maiores escritórios de advogados do país, entre os quais o seu, sendo que com as boas relações que mantém com Pinto de Sousa não será difícil de perceber a via aberta que terá para os negócios do Estado.
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