O país está em crise, mas oitenta mil pessoas – sim, não é gralha – encheram, este Sábado, o Rock in Rio. Compreendo a ansiedade do país em escutar que “porque a mim tanto me faz, que digas coisas boas ou coisas más”, na voz dos indescritíveis – por falta de paciência – D’ZRT (deve, aparentemente, ler-se Deezêrt). Ou, com o calor que estava, gritar que “algo levantou poeira” na voz da frenética – até nos cansar – Ivette Sangalo. O único motivo de real interesse, a barriga bamboleante de Shakira, perdia-se na distância ao palco que impedia um convite para cear ao abrigo da multidão. Mas supostamente há crise e um bilhete para esta coisa custava 50 Euros. Assim como assim, e assumindo o gasto, antes uns jaquinzinhos e umas pataniscas de camarão, seguidas de umas costeletas de borrego panadas com arroz de grelos, terminando com um mousse de chocolate ou um leite-creme. No Papaçorda, é claro. Com os cinquenta euritos até deve dar para não ter de escolher o tinto mais barato da lista e beber um whiskey com o café. Enfim, cada um com as suas opções, mas eu, crise por crise, antes poupar para o Papaçorda.
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