Mário Crespo caminha para ser o paladino do jornalismo independente e desassombrado, imune a pressões e ao fantasma do politicamente correcto. A sua entrevista de ontem a Gualter Batista, a face visível do movimento ecoterrorista “Verde Eufémia”, foi um perfeito massacre sobre as inconsistências e hipocrisias do activista porta-voz da acção destruidora de milho transgénico no Algarve. Os eufemismos, as incoerências, a arrogância moral, tudo foi questionado com a simplicidade e competência que deviam guiar o jornalismo, em especial quando de entrevistas se trata. Não é necessário ser agressivo ou desagradável para questionar um entrevistado e conseguir dele extrair a informação desejada ou, noutros casos, perceber da ausência de informação ou de consistência da mesma. Após a entrevista de ontem, só muito dificilmente alguém inteligente e não toldado pela força das ideias extremas poderá acolher com a mínima simpatia a acção que este movimento secreto – já que os outros membros insistem no anonimato – efectuou ou as acções que venha a efectuar. Gente que se julga dona da razão e que em nome dela actua cegamente contra a lei e a maioria da população não é novidade, aliás, já teve grande importância na história do mundo ao originar regimes tão livres e democráticos como o fascismo ou o comunismo.
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