Citando Vasco Pulido Valente: “Triste país o nosso”.
O anúncio da demissão da directora do Museu Nacional de Arte Antiga é mais um passo no irreversível caminho para a mediocridade que este país insiste em trilhar. No espaço de pouco tempo o país, o Estado, deu-se ao luxo de dispensar três pessoas que se destacaram nas suas áreas muito para além da simples competência. Paulo Pinnamonti foi afastado compulsivamente do Teatro Nacional de S. Carlos por ter ousado conseguir, supremo ultraje, temporadas de uma qualidade de que não havia memória. Paulo Macedo foi afastado das Finanças por, desprezível insulto, conseguir arrecadar dinheiro impensável dos impostos.
Agora é a vez de Dalila Rodrigues, que estava a conseguir o prodígio de des-mumificar um museu parado no tempo alguns séculos atrás. Ela que resgatou os painéis de S. Vicente de uma sala recôndita e secreta, por certo para exclusivo usofruto dos trabalhadores do museu, para o topo nobre da escadaria. Ela que ousou juntar números inauditos de pessoas em conferências no museu. Ela que sempre estava em busca de novos públicos e quase duplicou o número de visitantes. Ela que estava a ousar conseguir belíssimas exposições periódicas, como a d’ “O Tapete Oriental em Portugal” que ainda ontem inaugurou. Ela que conseguiu importantes mecenatos que só não eram maiores por falta de autonomia administrativa. Ela que finalmente estava a dar a dignidade merecida ao nosso grande museu de arte. Ela que foi compulsivamente, e sem razão aparente, afastada do cargo directora do MNAA pela mão do Ministério da Cultura, esse antro de incompetência, invejas e mediocridade.
Neste país não compensa ser competente, neste país que ainda foi algo porque noutros tempos ousou ousar, hoje ousar é quase crime, justa causa para um despedimento sem contemplações. Assim vamos, num lindo caminho rumo a um poço sem fundo de miséria, de onde vai ser cada vez mais difícil, senão impossível, sair.
O anúncio da demissão da directora do Museu Nacional de Arte Antiga é mais um passo no irreversível caminho para a mediocridade que este país insiste em trilhar. No espaço de pouco tempo o país, o Estado, deu-se ao luxo de dispensar três pessoas que se destacaram nas suas áreas muito para além da simples competência. Paulo Pinnamonti foi afastado compulsivamente do Teatro Nacional de S. Carlos por ter ousado conseguir, supremo ultraje, temporadas de uma qualidade de que não havia memória. Paulo Macedo foi afastado das Finanças por, desprezível insulto, conseguir arrecadar dinheiro impensável dos impostos.
Agora é a vez de Dalila Rodrigues, que estava a conseguir o prodígio de des-mumificar um museu parado no tempo alguns séculos atrás. Ela que resgatou os painéis de S. Vicente de uma sala recôndita e secreta, por certo para exclusivo usofruto dos trabalhadores do museu, para o topo nobre da escadaria. Ela que ousou juntar números inauditos de pessoas em conferências no museu. Ela que sempre estava em busca de novos públicos e quase duplicou o número de visitantes. Ela que estava a ousar conseguir belíssimas exposições periódicas, como a d’ “O Tapete Oriental em Portugal” que ainda ontem inaugurou. Ela que conseguiu importantes mecenatos que só não eram maiores por falta de autonomia administrativa. Ela que finalmente estava a dar a dignidade merecida ao nosso grande museu de arte. Ela que foi compulsivamente, e sem razão aparente, afastada do cargo directora do MNAA pela mão do Ministério da Cultura, esse antro de incompetência, invejas e mediocridade.
Neste país não compensa ser competente, neste país que ainda foi algo porque noutros tempos ousou ousar, hoje ousar é quase crime, justa causa para um despedimento sem contemplações. Assim vamos, num lindo caminho rumo a um poço sem fundo de miséria, de onde vai ser cada vez mais difícil, senão impossível, sair.
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