A SIC ficou incomodada com a atitude de Santana Lopes de abandonar o estúdio a meio de uma entrevista. O que a SIC esquece, procurando, em vão, defender-se à luz de critérios jornalísticos e da oportunidade do directo, é que, gostemos ou não, Santana Lopes é ex-Ministro, ex-líder do PSD e ex-Primeiro-ministro. Se isto não é motivo para algum respeito, gostaria de ver a SIC fazer o mesmo a Mário Soares ou a António Guterres. Claro que se o directo fosse de um atentado terrorista, ou de uma queda de um avião, ou da erupção de vulcão, se justificaria qualquer incómoda interrupção, mas a reportagem em directo da chegada de um treinador de futebol a Portugal, despedido já há alguns dias da sua equipa, parece-me, como bem disse Santana, digna de um país de loucos. Nada que não desconfiássemos, mas que ontem bem foi evidenciado por Santana. A sua atitude foi mais do que justificada e bom seria que mais gente no país tivesse esta coragem, talvez assim o jornalismo miserável que por aí grassa melhorasse um pouco.
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