A minha insistência em dar uso a uma Gamebox adquirida no início da época futebolística tem provocado insistentes momentos de masoquismo. O jogo de ontem poderia ser cinefilamente catalogado como uma enorme estopada realizada por um qualquer pretensioso realizador português (quase todos, portanto), alternando momentos de irrelevante – porém chatíssima – intriga, com laivos de pretensa comédia “nonsense” – como os falhanços acrobáticos de Purovic – e com um final trágico – porém tão anunciado que só um optimista incorrigível o não esperaria. O argumento é estafado e já visto e os intérpretes conseguem uma cada vez maior credibilidade no seu estilo de under-acting, por certo inspirados no bocejante Russel Crowe. Destoa Moutinho que passeia dignidade perante a restante camarilha, claramente inspirado em James Stewart. O resto parece uma mistura de pseudo actores “Morangos com Açúcar” com o refugo do Teatro Nacional D. Maria. A encenação é esforçada, mas manifestamente sem garra nem brilho. Os filmes que aí vêm não permitem grandes expectativas, será mais do mesmo, no fundo como o cinema português, sempre mais do mesmo e, infelizmente, o mesmo é muito mau.
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