1.2.08

Vergonha de ser português I

O Estado português recusou a presença das forças armadas nas cerimónias em memória dos cem anos sobre o assassinato do Rei D. Carlos e do Príncipe Luís Filipe. Ao que consta, Fernando Rosas terá feito um requerimento ao ministro Severiano Teixeira que, para além de lhe dar seguimento, com o apoio de todos os partidos, teve a “gentileza” de ligar a Rosas a dar conta da sua decisão. Nem vale a pena comentar o que quer que seja, basta ler com atenção as frases anteriores.
D. Carlos era, goste-se ou não, o chefe de Estado aquando do seu assassinato, como tal era óbvio e evidente que, em cerimónia em memória do seu selvagem assassinato, estivessem presentes as forças armadas. Seria o mesmo que, se viéssemos em monarquia, fosse negada uma parada militar em honra à morte de um presidente da república, ou seja, algo impensável.
Assola-me uma vergonha profunda de que Portugal tenha sucumbido a esta gente infame e cheia de ódio e que o país esteja, com excessiva rapidez, a perder toda a dignidade que lhe ia restando.

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