Hoje em dia, quando se quer impor uma ideia, a maneira mais fácil é utilizar a técnica do preto e branco. Chamemos à ideia o “branco”, precisamos de definir um oposto, o “preto”, que tenha tantos defeitos que o “branco” pareça a única saída e seja assim aceite. Claro que é necessário empregar uma subtileza para que a técnica resulte: eliminar todas as hipóteses que não sejam pretas ou brancas. Ocultando, mentindo, deformando, desprezando, todos os métodos são válidos, o importante é reduzir as hipóteses ao preto e ao branco, sendo o “preto”, de facto, absolutamente inviável. Assim de repente lembro-me do aeroporto (no final ou era Ota ou Alcochete, o Portela +1 ou a não construção eram impossíveis), TGV (sem a nossa contribuição a rede europeia não faz sentido pois pára em Badajoz), e agora, com muita subtileza, o nuclear, apontado como a “única” alternativa para combater o aumento do petróleo. Energias alternativas, alteração de hábitos, adaptações energéticas, tudo isto é uma óbvia impossibilidade, ou pagamos caro a crise do petróleo ou embarcamos no nuclear. Cá está uma vez mais o preto e branco e o resultado será o habitual, esperemos poucos anos para ter uma centralzinha nuclear para fortuna do senhor Monteiro de Barros e grande felicidade do “mais bem pago Administrador de banco central” Constâncio.
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