17.10.03

Açores

A propósito de umas belas fotografias apresentadas no Picuinhices recordo os Açores, um dos poucos locais, a par com algum Alentejo, onde voltamos a ter esperança em Portugal e no mundo. Um sítio que o Homem ainda não conseguiu estragar. Um pedaço do nosso país onde nos sentimos como no último reduto do paraíso. Onde tudo é possível, o tempo tem ritmo próprio e a terra parece comunicar com sinais de fumo. Onde o verde não está sufocado por entre o betão e o ar que se respira cheira a flores ou a mar. Onde as gentes ainda são puras e têm orgulho do que é seu. Onde a comida eleva os sentidos. Onde o mar é cristalino até ao limite e no qual podemos passear por entre golfinhos brincalhões ou plácidas tartarugas. Um sítio onde valorizamos a vida e comprovamos, os crentes, que Deus existe e se demorou por aqui.

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