Chegou a neve branca, alva, fria.
Via-te de olhos abertos, bem abertos.
Abertos à luz da lua, depois à luz do sol.
Fugiste, não eras tu.
Deslizando no branco, saltaste num belo salto de anjo.
Chegando à água ela era turva, um pântano.
No alto da colina nós víamos-te, longe demais para te estender a mão pois tu não procuravas as árvores para subir.
É duro, triste, olhar o pântano sobrevoado de abutres que esperam carne.
Assim te vi partir.
Levado por abutres, destruído pelo cansaço.
Não quiseste lutar na hora certa, perdeste a corda para a colina.
A montanha da vida é alta, escarpada e fria, e tu não quiseste subir.
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