Masoquismo e voyerismo levaram-me a ver ontem, em terapia de final de semana, o início da Quinta das Celebridades. Há em nós, por muito que o queiramos negar, uma certa dose de gozo ao ver algo de realmente mau. Foi assim ontem, ao ver o Ser Castelo Branco a debitar inanidades com voz e tiques afectados perante um actor porno brasileiro que o olhava incrédulo. Ou ver uma modelo – realmente agradável, se de boca fechada – dizer que o frango era o filho morto da galinha. São estas as celebridades que temos mas será um gozo cruel ver a Cinha a tomar banho de água fria ao relento nas frias noites de Novembro, ou o Ser a correr desalmado para a longínqua casa de banho carregado de bases e cremes anti-rugas, ou aprumadas modelos a ordenhar vacas.
Tudo poderá ser possível num programa que promete ser viciante enquanto divertimento sádico – em relação aos concorrentes, e masoquista – em relação ao uso do nosso tempo. Talvez seja de facto aditivo, na dúvida tentarei fazer o que cada vez mais faço com a televisão em geral, consumir em doses moderadas. Porque sim, confesso que não resistirei a voltar a ver, o meu Eu mais básico por certo o irá exigir. Há coisas que custam confessar, mas aquilo é mau demais e, talvez por isso, terei de voltar a ver.
P.S. Continuo a não perceber o que faz Avelino Ferreira Torres no meio daquela gente. Parece que a Câmara de Amarante não estará assim tão fácil, ou será que a Quinta é zona franca na qual não poderá ser preso?
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