6.2.05

.

Os últimos dias foram passados numa cápsula, numa estufa viral quase desligada do mundo. Os micróbios acharam-me bom e alojaram-se na minha garganta. A febre não via motivos para diminuir e lá se foi mantendo, só amansada por comprimidos regulares. Procurei manter o corpo activo – recusando a cama – em extenuantes mudanças de sofá ou arrastamentos à cozinha ou ao computador. Uma estafadeira que podia ser poupada, caso já me fosse possível concretizar um sonho: manter um discreto e eficiente mordomo inglês.

Sem comentários: