21.2.05

Fim-de-semana em curtas

A deslocação “à terra” foi brindada por um sol radioso. Os jantares de família e as discussões pré-eleitorais aqueceram o gelo. As conversas prolongaram-se noite dentro por entre a quietude provinciana.

Ontem falou-se muito de emigração. Sugestões de uma ilha comprada colectivamente no Brasil ou uma proposta de sociedade para abrir uma livraria de viagens em Bath ou Brighton. Claro que tudo se manterá, pelo menos por agora, como uma vaga miragem a que falta a necessária dinâmica para concretizar.

Portugal foi embalado no vácuo. Lentamente abriremos a embalagem e então vamos perceber o que nos espera. Começou ontem no discurso de vitória, se continuar assim prevejo o pior.

A vitória do PS foi retumbante, incontestável, arrasadora. As comemorações modorrentas e tristes. Em Lisboa costa que umas centenas passaram no Rato, na minha terra duas fugazes buzinas interromperam o silêncio da noite. Lembro que há uns anos – nas vitórias de Cavaco – as ruas foram entupidas por aglomerações de milhares de pessoas e caravanas intermináveis.

A noite passada foi intranquila devido a uma crise de asia, fica por perceber se devido aos resultados das eleições ou ao whisky com Castelo, ou talvez a ambos.

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