A gala de comemoração dos 50 anos da RTP, que ontem decorreu, foi um agradável regresso ao passado da televisão e, consequentemente, de nós mesmos. O estilo do espectáculo foi o mais genuíno RTP, ou seja, popularucho sem chegar ao quase kitch com que a TVI nos brinda nas suas galas. Houve uma certa dignidade muito própria da RTP, quer nos sóbrios cenários, quer na concepção geral do espectáculo. Não foi nenhum deslumbre, mas só o facto de relembrar os anúncios do “Leite de Colónia” ou do “Restaurador Olex”, a “Vila Faia”, o “Vitinho”, várias músicas da minha vida – a da “Heidi” e a do “Dartacão” – ou de aparecerem personagens que julgávamos desaparecidos em parte incerta – Eládio Clímaco é o melhor exemplo – já valeria a pena acompanhar o programa. Eu diverti-me muito e dei por mim a rir com um agrado cada vez mais raro, ainda que uma pontinha de nostalgia me fizesse pensar que o tempo passou e não foi só pela televisão.
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