Foi preciso esperar pelo fim, por uma das últimas participações portuguesas, para chegar um ouro. Nelson Évora falava, antes da prova, como um futuro campeão, como alguém que ia dar tudo o que tinha. Também falava das coisas com a leveza de quem se está a divertir a fazer o que gosta. Posso parecer insistente, mas quem me marca são os campeões sorridentes, aqueles que se vê que fazem o que gostam e se sacrificam em nome desse gosto. Olho para ginastas chinesas e vejo um vazio de alegria e de sentimento, uma não vida dedicada a tentar encarnar numa máquina de resultados. Nelson Évora não é assim, o seu sorriso ontem era de genuíno orgulho num feito histórico, mas também o de um miúdo que tinha acabado uma brincadeira que lhe tinha corrido incrivelmente bem.
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