Este país está a fazer os possíveis para que a primavera fulgurante que se vê da janela não tome conta de mim. São as sucessivas trapalhadas do Sousa, as inconsequentes palestras do Silva, as delirantes nomeações do Moura, as previsíveis vitórias do Portas, enfim, esta sensaborona política quotidiana, que apesar de chata nos envolve como claras em castelo e nos tenta fazer esquecer que há um mundo, e até um país, para além disso. Antes de entrar neste estado catatónico opto por fugir um pouco até ao Alentejo, fonte inesgotável de tempo e beleza, tentando ainda apanhar o feérico primaveril dos campos pintados por flores impossíveis. Talvez esqueça o resto do país e consiga assim melhorar os humores pensado apenas em paisagens e pessoas, afinal algo infinitamente mais interessante do que a mediocridade que nos governa.
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