O esperado foi hoje anunciado: não haverá referendo ao Tratado de Lisboa. O primeiro instinto seria discorrer palavras amargas e agressivas sobre a falta de democraticidade da medida, insultando Pinto de Sousa pelo incumprimento de uma promessa eleitoral. No entanto, o cinismo vai ganhando espaço no meu pensamento e fico feliz com a decisão. Não porque concorde com ela, simplesmente porque ela é coerente com os métodos anti-democráticos de Bruxelas e porque acho, sinceramente, que o “Sim” iria ganhar. Assim, fico com a tranquila consciência de que esta decisão – como quase todas as tomadas pela “Europa” – não contou com o expresso apoio popular, e um dia mais tarde – que chegará a curto ou médio prazo – em que a Europa se tornar ingovernável e entrar em colapso, poderemos, os que dela duvidamos, dizer com propriedade que caiu porque nunca teve, de facto, o apoio do povo.
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