19.6.06

Bizarrias

Foi muito estranho chegar ao meio de um jogo do Brasil a desejar que eles percam. Sim, ontem antes do intervalo já dava por mim a torcer pela Austrália, país pelo qual não tenho nenhuma especial simpatia, afinidade ou proximidade. A apresentação miserável de um conjunto de jogadores geniais levou-me a querer que perdessem, e mereciam. Para quem gosta de futebol, o Brasil de ontem – e, já agora, do jogo com a Croácia – não merece ser o mesmo país da selecção de Sócrates, Zico e Falcão. Chamem-me sonhador, mas o Brasil não pode ser nunca uma selecção calculista e sem alma, aliás, poder até pode, não pode é chamar-se Brasil. Parreira parece um eficiente cozinheiro que, perante as melhores matérias-primas, cozinha rapidamente um almoço inteiro, mas em que tudo está desenxabido e sem sabor. Desperdícios…

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