13.11.06

Democracias

Ontem, dei por mim a dizer bem do secretário-geral do PS. Estranho, especialmente tendo em conta que o fiz a propósito de o mesmo confirmar que, independentemente de o referendo ser vinculativo, a despenalização do aborto só acorrerá se o “Sim” ganhar. A decisão é tão óbvia e do mais puro bom senso que nem devia ser motivo de regozijo. Afinal, para que serviria este referendo se assim não fosse? A partir do momento em que foi feito o primeiro referendo, é democraticamente óbvio que a lei só pode ser alterada após aprovação por outro referendo. Claro que a arquitecta Helena Roseta, num desvario estalinista, acha o contrário, mostrando que os paladinos da esquerda mais dura continuam com uma visão da democracia no mínimo estranha.

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