14.11.08

Antes das férias

Passagem inevitável pela Golegã. Não dispenso esse mergulho na ancestralidade marialva que durante um ano quase esquecemos que ainda existe. Os bigodes apontados ao céu, o confronto entre capotes alentejanos ou samarras e os mais “modernos” encerados. As senhoras bonitas de pele tisnada pelos ares do campo. O fumo denso e omnipresente das castanhas que transforma qualquer noite estrelada num céu londrino. Os cavalos como senhores plenos, assustando citadinos pouco habituados a vê-los em movimento. Tudo isto é a Golegã, mas nem tudo de isto é bom ou recomendável, por isso os meus regressos não se devem a nada de isto, mas à simples constatação que este continua a ser um ponto de encontro sólido com muitas pessoas que o destino fez que estivessem mais ausentes do dia a dia.

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