Parece que hoje é Dia Mundial do Não Fumador. Irritam-me particularmente os dia mundiais ou nacionais. Chegámos a um ponto que tudo justifica um dia de... Sejam os doentes de colesterol ou as lésbicas loiras vítimas de assédio sexual. Vale tudo. Basta um pouco de "lobbying" e lá vem mais um dia.
Hoje falamos de não fumadores nos quais não me incluo. Sim, fumo, sou assumidamente fumador. Cobarde porém, já que apenas me fico por cinco ou seis cigarros em dias normais e num maço devorado ostensivamente em dias de saída nocturna. Não me incluo no grupo dos profissionais, daqueles que nunca se ficam por menos de uns dois maços por dia. Daqueles que fumam marcas sérias, tipo SG Filtro ou Ventil, ou ainda os potentes Ritz. Desses empedernidos que se levantam e, ainda na cama, começam a sua série diária de cigarros bem puxados e melhor travados.
A esta altura muita gente já me julgará louco, defensor demente do vício ou corruptor da sociedade. Nada mais errado, apenas me manifesto a favor da liberdade das pessoas, mesmo que a mesma vá contra o que o politicamente correcto julgou adequado. Óbvio que o tabaco faz mal, mas não saberemos nós já o suficiente sobre isto. Eu fumo e sei que me faz mal, como me faz mal beber doze Wiskeys numa noite, ou comer uma sopinha de Cação seguida de uns secretos de porco preto rematados com leite creme queimado. Tudo faz mal em excesso, até a saúde.
Que se informe sobre os males advindos do tabaco, tudo bem. Que se transformem os fumadores em marginais e seres anti-sociais, isso é que não. O nosso país, por enquanto, é tolerante com o fumo, mas surgem já fascistas consciências a quererem-nos apontar o dedo. Citando João Pereira Coutinho em post de hoje: "As campanhas contra o tabaco, na sua versão moderna e aparentemente «consensual», são apenas um pretexto - recorrente e tragicamente humano - para humilhar alguém sob a capa da legitimidade higiénica."
O velho chavão diz que a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros. Se o fumo que a minha liberdade me permite fumar incomoda alguém, que haja uma alternativa que me permita fumar sem o incomodar. E que a mesma não seja ir para a rua no pino do inverno ou nem aí poder fumar (EUA), ou ficar fechado num minúsculo cubo de vidro com tal fumo que entramos a pensar encontrar D. Sebastião (Aeroporto de Heathrow). Pelos direitos dos fumadores, sim também temos direitos, criem nos locais onde não se pode fumar zonas dignas para fumadores. Dignas, simplesmente dignas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário