Abomino o Halloween. Revolta-me esta aculturação a tradições americanas a que nada nos liga. Somos um país de tradições, fortes, porque teremos agora de importar as dos outros. Particularmente esta. Dedicando um dia a bruxas e a abóboras. Estas últimas ficam bem em sopa e as bruxas, bem, o melhor é perguntar ao Herman que nos últimos tempos se especializou neste tema.
Esta época do ano lembra-me broas. Lêvedas e de mel. Lembra o cheiro a castanhas inundando as ruas frias e húmidas. O dia de todos os santos tocando ás provincianas portas da minha terra em demanda de "bolinhos, bolinhos, à porta dos santinhos". As pessoas acorrendo ás janelas, vendo quem tocava, e alegremente nos compensando com um sorriso quase sempre acompanhado de um bolo ou rebuçado. As tias idosas que discretamente nos metiam umas moedas ou uma nota no bolso. O fim do dia em grupo, contanto os brindes conseguidos e comendo-os desenfreadamente. O regresso a casa para o cheiro das broas acabadas de fazer. O dia seguinte rumando à tarde com a mãe ao cemitério para limpar o jazigo de família.
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