Já sinto o espírito de Natal. As ruas começam a encher-se e o frio ameaça chegar. Aproveito a tarde de Sábado para um calmo cinema. A Praça de Londres está radiosa com uma pequena multidão de peões a circular. Passo no Magnólia para um café e um bolo. Entro então no cinema onde me espera uma comédia, realizada por Richard Curtis, o argumentista de "Quatro Casamentos e um Funeral" e de "Notting Hill". Sou um fã confesso destes dois filmes, encontram-se mesmo na minha lista Prozac de filmes anti-depressivos. Parece moda dizer mal de comédias românticas, não é intelectualmente correcto. Para variar ignoro a correcção. Gosto porque sim. Imparcialmente recordo os grandes clássicos sem fazer comparações.
O filme não desmerece os anteriormente escritos por Curtis, falta-lhe talvez um pequeno suspiro de inspiração. Várias histórias encadeadas com algo em comum, o Amor. Sim esse sentimento tão difícil de ser descrito, em palavras ou imagens, sem cair num tom meloso, piroso. Mas aqui o nível não desce a esses patamares. O tom mantêm-se entre o drama e a comédia, sempre em volta do amor. Saímos bem dispostos, com o espírito natalício em alta, com a esperança de encontrar a mulher da nossa vida, se calhar num supermercado onde nos cruzemos, chocando, entre os vinhos e os queijos.
Sei que é um filme de fácil escárnio, especialmente pelos "machos latinos" incapazes de confessar fraquezas, ou, como diria o Pipi, coisas de rotos. Eu aconselho vivamente a quem queira passar um bom bocado e transformar um qualquer mau dia num dia de franca boa disposição e redenção com a vida.
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