Na calma noite de ontem optei pela companhia de um clássico: "O Vale era Verde" de John Ford. Escolha muito difícil de superar.
Este é um filme em que perfeição é a palavra-chave. O argumento é extraordinário, não apenas na história, mas particularmente na forma como esta é escrita. Os diálogos são belíssimos. A encenação quase operática, magnificente, realçada por um preto e branco pleno de contrastes. Os actores em perfeita encarnação no espírito da história. Um realismo assombroso sem que se perca a fortíssima, e dificilmente igualável, noção estética.
Os momentos de antologia abundam, desde os confrontos familiares em redor da greve ás cenas que abrem e fecham o filme. Inesquecível o último sermão do reverendo em que põe a nu a cobardia dos fariseus.
Que bom seria que o Cinema fosse mais vezes assim.
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