Uma sugestão ainda atempada (até 21 de Janeiro) para uma exposição a não perder: "Francisco Caldeira Cabral e a Primeira Geração de Arquitectos Paisagistas: 1940-1970".
A justa, mas tardia, homenagem ao "Pai" da Arquitectura Paisagista em Portugal, que muitos desconhecem. A sua obra vasta obra inclui o projecto para o Estádio Nacional e muitos espaços urbanos em Lisboa. Tão importante, ou mais, do que a sua obra é o legado que deixou e que permanece até hoje nos Arquitectos Paisagistas portugueses. O curso "nasceu" em Portugal com ele e desta primeira geração faz parte, entre outros, Gonçalo Ribeiro Telles que, nomeadamente pela sua actividade política, se tornou o porta-estandarte "desta Arquitectura" tantas vezes ignorada.
Na exposição percorremos os projectos deste "Mestre" e dos seus discípulos culminando na obra-prima dos jardins da Fundação Gulbenkian, local onde decorre a exposição. O catálogo é excelente e vale, definitivamente, o preço.
Destaco ainda um vídeo da inauguração do Estádio Nacional que, com o devido distanciamento, se torna uma irresistível peça de humor. O comentador em voz solene anunciando a entrada de Salazar como "campeão dos campeões" e a adjectivação pomposa de toda a peça transforma-a numa peça de arqueologia social. Uma delícia vista à distância, sem a magnificência de Leni Riefensthal é ainda assim um belíssimo exemplo de Propaganda.
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