Este final de ano está a fazer incidir sobre mim um certo ódio por parte dos meus amigos. Compreendo-o bem, afinal no lugar deles apenas o espírito natalício me impediria de cortar relações. O caso é que depois da viagem por terras da América do Sul – que aqui foi sendo relatada e à qual voltarei – amanhã partirei de novo. Para bastante mais perto, pois ficarei por terras europeias, mas para destino há muito desejado e sempre adiado. O ano será passado, assim Deus o queira, na Praça de São Marcos, em Veneza, de garrafa de um qualquer vinho na mão. Sem programa que não seja este, a semana daí em diante estará em aberto. Apenas sei que dormirei num secreto e barato recanto que calha ser o armazém de um alfarrabista no centro da cidade. Como um amigo, exigente nestas coisas, foi obrigado a reconhecer, passar o ano em Veneza a dormir num alfarrabista tem o seu quê de muito chique.
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