30.1.07
Sugestão
Import-Export
29.1.07
A questão real
28.1.07
Brava Dança dos Heróis
Cantemos alto nossa vitória”
Um sincero bravo para a nossa selecção de rugby que ontem ganhou a Marrocos, dando mais um passo no apuramento para a Taça do Mundo, apenas faltando ganhar ao Uruguai. Num país obcecado com o futebol, os feitos de uma selecção formada por amadores, num desporto sem tradição em Portugal, vão sendo esquecidos. Por isso convém lembrar esta Equipa, liderada por Tomaz Morais, que insiste em ganhar e está a um passo de um feito histórico.
27.1.07
Dúvida do dia
Agradecimento do dia
26.1.07
Mundo
Honestidades
25.1.07
Lisboa
Rabos-de-palha
Bestas
24.1.07
Versões
Leonard Cohen
“Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Oh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love”
Aqui ao lado interpretada pelo próprio e também na versão de Madeline Peyroux.
Anúncios
22.1.07
Conversas
Modas
"Assim Não"
19.1.07
História Curta
O Incrível
16.1.07
Frase do Dia
Aníbal e Maria Cavaco Silva em entrevista à SIC
Olivença
Idiossincrasias
A preocupação que me resta é o espectro da velhice que me assombra em tempos frios, e o medo de que a primavera não venha a ser suficiente para evitar que me torne num rezingão habitante de Lisboa a suspirar por serões provincianos o mais século dezanove que seja possível. Claro que não preciso de chegar à primavera e, no espaço de um ou dois dias, Lisboa volta a piscar-me o olho como o fez na passada sexta-feira, em que a tarde arrastou a impossibilidade de uma “magic-hour” de luz em que o tempo parecia ter feito pausa ao amanhecer apenas voltando a andar ao pôr-do-sol. Não é fácil de acreditar, mas apetecia sair de máquina fotográfica em punho e deambular pelas ruelas estreitas viradas ao rio e encher rolos e rolos com imagens impossíveis de uma cidade por vezes tão feérica que duvidamos da sua existência.
Que país!
Os dez primeiros são, dentro da restante anormalidade, um saudável oásis de sensatez, isto, é claro, se não nos importarmos que, em pleno século XXI, duas personalidades absolutamente anti-democráticas, duas faces da mesma moeda do Portugal recente, sejam incensadas e, pasme-se, considerados “Grandes Portugueses”. Nesta companhia até serão esquecidos os crimes perpetrados pelo eminente Marquês de Pombal, também ele nos dez primeiros. Os restantes serão mais consensuais, o que nem é o mais importante, mas pelo menos são escolhas aceitáveis, discutíveis como quaisquer outras, mas aceitáveis, a saber: D. Afonso Henriques, Aristides de Sousa Mendes, Fernando Pessoa, Infante D. Henrique, D. João II, Camões e Vasco da Gama. Não está mal, afinal sempre temos sete escolhas naturais em dez, já no restante…o melhor é até agrupar por categorias: os “delirantes” Maria do Carmo Seabra – por certo a irónica candidata da sempre activa FENPROF, Hélio Pestana – o auto denominado actor de novelas, Vítor Baía, Pinto da Costa – pretenso bandido, Catarina Eufémia, Mariza e Sousa Martins; os “obscuros” João Ferreira Annes de Almeida – padre luterano, Teixeira Rebelo – fundador do Colégio Militar, Adelaide Cabete, António Andrade – padre missionário; os “de grandes provas dadas” Cristiano Ronaldo, Ricardo Araújo Pereira e Mourinho; os “criminosos” Afonso Costa, Otelo e Vasco Gonçalves; os “enormes” políticos Sócrates, Pintassilgo, Jardim, Sampaio, Cavaco e Marcello Caetano. Enfim, uma amálgama de disparates, sobre valorizações e escolhas que, pensando bem, apenas se podem dever a uma fina ironia que desconhecia aos portugueses.
15.1.07
Aulas Estéreo
12.1.07
Memória
Claustro da Basílica do Bom Jesus, Velha Goa, 2004
A propósito da viagem presidencial à Índia, muito se tem falado de história, de nostalgia e de memória. Foi muito apreciado o distanciamento sobre o nosso passado por essas terras distantes. O que interessa agora é o futuro, as novas tecnologias e o Silicon Valley indiano. Neste país cada vez mais tecnocrático, o passado é coisa longínqua e a esconder, a esquecer em nome da eficiência e de uma suposta diplomacia económica que nos seja conveniente. O Portugal que se vem construindo faz por esquecer que, talvez por um acaso, a história de Portugal vai um pouco atrás e, imagine-se a lembrança, tem quase nove séculos.
O esquecimento da história nunca trouxe nada de bom, ignorar o passado em nome do futuro será sempre um redondo disparate pois nós, pessoas ou, no caso, países, somos um somatório de memórias que nos tornou o que somos hoje. Recusar olhar para trás, não numa romagem de saudade e autismo, mas numa compreensão de factos, acontecimentos e feitos, é recusar aprender com erros cometidos ou negligenciar uma identidade que é o alicerce mais forte de um país. Os estados, como as pessoas, não gostam de afrontamento directo, mas respeitam mais um aliado, ou amigo, que afirme a sua identidade e personalidade, do que uma entidade inócua que se lhes apresenta subserviente.
Portugal não devia, como é evidente, aproveitar a viagem à Índia para efectuar comícios sobre a invasão de Goa, Damão e Diu. Foi um acto de guerra evidente, que contrariou todo o direito internacional, mas não terá tido também o Estado Português, à época, uma atitude irresponsável e disparatada? Independentemente disso, o tempo passou e hoje Goa é parte inquestionável da Índia. O que não é admissível é que em Goa seja tão difícil manter as raízes de uma cultura indo-portuguesa que persiste em resistir, sem que o nosso Estado algo faça para ajudar. O que não é admissível é que Goa seja tido como um caso perdido, logo esquecido. Um país que não sabe conviver com as suas memórias é um país fraco, pouco respeitável, e na Europa, e mundo, da actualidade esse pecado poderá pagar-se muito caro em tempos futuros. Portugal pode ser um país de modernidade Socrática, mas para o ser não tem de esquecer a história que o fez ser um país de facto.
11.1.07
Versões
O sal das minhas lágrimas de amor
Criou o mar
Para nos unir e separar
Pudesse eu te dizer
A dor que dói dentro de mim
Que mói meu coração nesta paixão
Que não tem fim
Ausência tão cruel
Saudade tão fatal
Saudades do Brasil em Portugal
Meu bem, sempre que ouvires um lamento
Crescer desolador na voz do vento
Sou eu em solidão pensando em ti
Chorando todo o tempo que perdi
Modernidades
10.1.07
9.1.07
História Curta
Olhou o sol que caía através do vidro embaciado pelo ambiente aquecido. Agarrou o telefone, mas uma vez mais o medo ganhou a batalha. Mais um dia, mais uma vez em que a sua vida parou sem explicação aparente que não a cobardia.
8.1.07
Cantinho do Hooligan
Dores de Barriga
Os Gato Fedorento estiveram ontem particularmente divertidos, em especial com este “Baú da Memória” resgatado aos confins do arquivo da RTP. O sofá quase perdeu a estabilidade e a tosse que se seguiu parecia provir de dois maços de cigarros fumados. Não bastava a cantora Ana, com o seu deslumbrante fato de Vinil em Barcarena-Style, e o inefável Luís Pereira de Sousa, um dos chatos mais chatos, mas mesmo mais chatos da história da televisão portuguesa. A peça final, proveniente dos Açores, é uma pérola capaz de devastadoras consequências a quem a visualizar.