Estranhei o silêncio de quase toda a nossa comunicação social sobre a última iniciativa do Bloco de Esquerda. Tão solícitos a acorrer aos sermões do camarada Louça ou ás indignações da camarada Drago, os jornalistas perderam oportunidade de dar relevo à nova iniciativa fracturante que visava modernizar o ensino, promovendo a essencial integração dos imigrantes. Numa brilhante ideia, cuja autoria ainda não foi atribuída, o BE propôs a aprovação pela Assembleia da República do dito “ensino multilingue”, permitindo que, em escolas que o desejassem, as aulas fossem leccionadas em estéreo, ou seja, em duas línguas ao mesmo tempo, com dois professores, em dois quadros, mas na mesma sala de aula. Assim, os alunos das minorias imigrantes poderiam aprender a história de Portugal em russo ou mandarim, ao mesmo tempo que os portugueses a aprenderiam em português, tudo na mesma sala de aula para promover a adequada integração. A medida é de tal forma genial que fico perplexo de não estar já implantada e mais ainda por a mesma ter sido chumbada na Assembleia da República. Realmente há coisas estranhas neste país.
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